domingo, 25 de abril de 2010

"A LONGA E DIFÍCIL JORNADA PARA FORA DO INFERNO"



Li – finalmente – em dois fôlegos a autobiografia do cantor norte-americano Marylin Manson, “Long and Hard Road Out of Hell”, lançada em 1998. Apesar de ter sua versão original há anos, acabei lendo mesmo uma tradução razoável disponível na Internet, uma vez que a versão física não está comigo. É um livro repleto de SARCASMO, o que requer uma leitura desapegada quanto à parte do conteúdo ali apresentado. No entanto, é um livro divertido, caso você não tenha estômago fraco e seja sfensfível em demasiada. O que achei mais bacana na obra foi justamente a contextualização de determinados temas do artista, realizadas a seu próprio punho, principalmente a até então considerada sua obra-prima “Antichrist Superstar”, cuja importância chega a até mesmo ser colocada em xeque por Manson em determinados momentos – dada a infinidade de confusões paralelas a sua confecção. A meu ver, o disco é o rito de passagem de Manson no que diz respeito a seu purgatório enquanto uma ponta de iceberg do lixo branco estadunidense característico de meados dos anos 80 até os meados dos anos 90 rumo à aceitação e conseqüente aclamação mercadológica de sua obra e persona artísticas.

Mais de dezena de anos depois de sua feitura, o livro deixa um gostinho de “quero mais” quanto à continuidade da trajetória de Manson, tendo em vista que “Antichrist Superstar” é apenas a primeira etapa de sua trilogia antihollywoodiana, completada por “Mechanical Animals” e “Holy Wood (In the Valley of the Shadow of Death)”. Também seria instrumento de grande serventia, em caso de uma tradução ao idioma português porventura lançada no Brasil, em momento em que as semelhanças entre o país e os a faceta WASP dos EUA são cada vez mais palpáveis, tendo em vista a opressão política e religiosa oriunda da emergência do cristianismo protestante por aqui.

No entanto, o livro vale a leitura – principalmente aos jovens com a cabeça-feita e já preparados para a vida. Afinal é uma ferramenta interessante para se entender os “estragos” que certo tipo de mentalidade repressora em demasia fez aos jovens estadunidenses a partir dos anos 70. E melhor ainda se a contextualizamos com acontecimentos da época, pois Manson – por mais “degradante” que seja o verniz de sua persona artística – acabou sendo o protagonista com o discurso mais lúcido dentre os entrevistados no documentário de Michael Moore acerca da delinqüência juvenil ao extremo na tragédia da Columbine School, apesar de parte reacionária da opinião pública intencionar crucificá-lo – ops – como “causador” daquele evento lamentável...



“A Longa e Difícil Jornada para Fora do Inferno” também é um bom exemplo do quanto – a meu ver – o dogmatismo religioso é EXTREMAMENTE DANOSO para a formação de todo ser humano digno de exercer seu livre arbítrio – aqueles zumbis com livro escroto no sovaco papagueiando frases feitas como robôs mentecaptos não contam.



E, para concluir este post, nada melhor que um “MOLECADA, ABRA O OLHO”!

Reaças de plantão, lembrem-se que vocês podem estar criando um “monstro” em seus lares... Depois não me digam que não avisei...



PS: TÁ NA HORA DE SER CRIADO UM PARTIDO ATEU NESTE PAÍS. PRECISAMOS REPRESENTAÇÃO EXPLÍCITA EM BRASÍLIA!!!!!



Texto concebido por TIRIRICA GOSP em 13 de abril de 2010.

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