"Deveria perder-me do amor, meu fogo na luz, a perseguir uma pena no soprar do vento. Há uma infinita linha da vida no fulgor que tece um manto de delícias. Na brevidade dos dias e horas intermináveis, as marés provocaram o esmaecer das chamas. A mão no tear é, enfim, a intenção de paz ao que sucumbe ou apenas desponta.
A taça foi levantada e a saudação refeita a uma voz claramente ressaltada. A soberba do espírito livre destemido é, uma palavra, minha determinação em sustentar a meu proveito o tear do azul do céu uma vez mais a transladar-me. Vosso é o tecido e minha é a mão que tece o desenrolar do tempo - dele é a força que repousa internamente. É nossa propriedade o fogo, todo acolhimento que pudermos encontrar, pois ele é a delicadeza no soprar do vento.
Todo o meu amor, todo o meu amor, todo o meu amor a vocês neste momento... Ei, ei, é sim, todo o meu amor a vocês... Todo o meu amor, todo o meu amor, todo o meu amor a vocês neste momento, criança...
Fico um pouco solitário, apenas me mantenho altivo..."
(Tradução livre, sem finalidade comercial, da letra da canção "All My Love", de autoria de Plant e Jones, por Marcus Marçal)
Lúcifer é absolutamente subestimado na história da humanidade, ou seja, em sua própria história. Lúcifer sou eu, é você, seu pai, sua mãe, todos nós enfim... Ave Luluzinhu!
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Lúcifer é absolutamente subestimado na história da humanidade, ou seja, em sua própria história. Lúcifer sou eu, é você, é seu pai e sua mãe, todos nós enfim... AVE LULUZINHU!
ResponderExcluirCaralho, isso é absolutamente foda.
ResponderExcluirO que me consola é que, assim como Galvão Bueno, eu já sabia. hehehe
Mas jamais tinha me dado ao trabalho de traduzir, só de ouvir vertendo as lágrimas pela beleza.
Kudos!!1
Linda, Linda! Mais ainda quando você pensa que era mais do que uma afirmação pessoal do cara!
ResponderExcluirCara, eu estava há um tempão sem ouvir Led Zepp! Não levei meus discos da banda na mudança pra SP, talvez só o Led Zeppelin III.
Mas ganhei a bio do Mick Wall e não dava a menor bola pro livro, pois já havia lido há muitos anos a "Hammer of the Gods" e não achava que o livro daria pro gasto...
Só que esse livro novo teve o mérito de me levar a repensar a importância que o Led Zepp teve para minha apreciação musical, chancelada por uma abordagem recente, apropriada aos dias de hoje.
Na minha atual condição de leitor mais maduro, ficou mais fácil o entendimento de algumas alegorias e, principalmente, a descoberta das possibilidades de aprofundamento no conteúdo abordado nos temas da banda - a meu ver, subestimados como pouca coisa na música pop em função de estereótipos associados à banda pela própria ignorância e superficialidade do senso comum de seus fãs...
E pensar que as letras de Plant eram tachadas da mera repetição de "baby, baby, baby"...
Antes de dormir, na madrugada de domingo, eu cismei de ripar todos os CDs do grupo que carreguei comigo. E fiquei na pilha de ouvir "All My Love" antes de mimir. Adormeci com a música no repeat do player nos ouvidos e fiquei na pilha de ler a letra pra decorar.
Putz, man! Aí a "experiência mística" começou!
Boçatustra mode on!
Na medida em que eu tentei entender melhor algumas passagens da letra, fui simplesmente carregado pelo simbolismo da parada, tendo em vista a leitura recente da bio e alguns dos temas abordados...
A história do Led Zeppelin é belíssima! É certamente a maior banda em todos os tempos.
Fui buscando informações a respeito de alguns termos na letra e fui levado diretamente a leituras elementares que eu mesmo fiz algumas vezes, até hoje tatuadas em meu inconsciente.
Lembrei que as bios falavam de Zoroastro, o Zaratustra que me encantou definitivamente por meio daquele livro lindo do Nietzche, e aí foi estado iminente de choradeira total, pois a meu ver era a isso que Plant se referia na letra - historicamente revitalizando até mesmo o simbolismo da banda.
Naquele determinado momento, Page deixou de ser o eremita fundamental ali na dinâmica criativa do Led Zep e, por isso eu ainda pretendo reler Zaratustra pra compreender melhor a profundidade simbólica de muita coisa abordada em outros temas do grupo.
Cara, tendo isso em mente, não tenho a menor dúvida de que o Led Zeppelin dos anos 80 seria bom paca, eles realmente renovariam sua própria linguagem musical! Inclusive, ando caçando coisas da turnê deles em 1980 para entender melhor o funcionamento da coisa...
Nessa fase, o cara representou um Zaratustra pop setentista, principalmente nessa música, e isso transformou até mesmo sua voz, que baixou um tom (no livro, o cara diz que a voz de Plant ficou assim de tanto ele chorar).
Durante muitos anos, eu relutei em admitir a importância máxima dessa banda em minha sensibilidade roqueira, pois achava o Black Sabbath o mais elementar dos grupos.
Mas, quando me recordo da acessibilidade desapegada do Jimmy Page naquela coletiva do Iron Maiden no Rock In Rio 3, em comparação ao estrelismo bufão do Ozzy Osbourne (que literalmente cagou pra mim, enquanto eu o esperava para uma entrevista e durante o show me deu a impressão de zoar ali na área vip com "meu pedido humilde pela oportunidade" de entrevistá-lo), aí a balança pende pro LZ.
Afinal, não era Ícaro versus Luluzinhu, ambos carregam semelhanças simbólicas demais! Era uma banda um pouco mais velha, maior e mais poderosa, em comparação a outra mais galhofeira...
Valeu, man!
Mas o mérito nem é meu! Só coloquei umas alegorias e adereços pra deixar a coisa mais fluida nessa tradução - que ainda nem me dei ao trabalho de revisar... :D
Espero não ser processado por causa disso! ;D
abs